
O superpoder das mulheres é serem o que elas quiserem
Revemos os momentos mais importantes do webinar “Qual é o teu super poder? O papel das mulheres no Agile”, organizado pela Scopphu no Dia Internacional da Mulher. Nesta sessão, reforçámos a importância da mulher no mercado de trabalho e da necessidade de falar em empoderamento feminino.
Simone Pittner, Carmen Almeida, Aline Fonseca e Rita Cordeiro foram as oradoras convidadas para discutir que avanços se têm feito na inovação, no Agile e na mentoria, graças à visão feminina. Uma conversa de mulheres para todos, que pode agora ver aqui!
“Habilitar a inovação é considerado um super poder feminino”
Sabia que, de acordo com um estudo dos Estados Unidos da América, as perdas financeiras por ausência de mulheres em posições de destaque e no mercado de trabalho foram de dois mil milhões de dólares, só em 2019? E que na Europa as coisas não são assim tão diferentes? Na sua apresentação, Simone Pittner trouxe estes números e muito mais factos a este webinar, que fazem repensar o muito que ainda falta fazer para conseguir a equidade e nas vantagens que isso traz.
De acordo com a especialista em Produtos Digitais, Indústria Financeira e Lean Agile, inovar é um constante desafio, que exige a multidisciplinaridade que o Agile consegue trazer a diferentes equipas de trabalho. Através da metodologia ágil, com as suas novas maneiras de trabalhar de uma forma mais flexível, é possível conseguirmos atingir novos patamares de inovação.
Mas ainda falta algo mais. E isso está relacionado com a falta de diversidade nas indústrias, o que acaba por afunilar a filosofia de muitas empresas. Simone acredita que criar um ambiente de oportunidade para mais mulheres em cargos de chefia ou em ambientes ditos “masculinos”, como a área das tecnologias trará vantagens como:
Mais soft skills, como a resiliência.
Simone defende que “as mulheres são mais resilientes” e são mais resistentes a cenários de desafio;Adaptabilidade – o sexo feminino é camaleónico e consegue adaptar-se a diferentes cenários, graças à sua predisposição natural;
Causas humanitárias e ambientais – as mulheres são mais proativas nestes temas;
Flexibilidade;
Empatia;
Criatividade.
Esta visão é partilhada por Aline Fonseca, também oradora deste webinar. Na apresentação “A transformação ágil na visão de uma mulher”, a Head de Agilidade, estratégia ágil e organizacional destacou a importância destas capacidades femininas no desempenho de um trabalho que implique metodologias de agilidade.
É este potencial de soft skills feminino que pode trazer um fator inovador e agregador às empresas de tech e a lugares de decisão. Lugares no qual as mulheres têm de deixar de ter dificuldade em ocupar.
A experiência pode ser a alma do negócio
Conhecer experiências de outros pode ser uma forma mais rápida de crescer num determinado meio. A isto chamamos de mentoring, um conceito apresentado e explicado por Carmen Almeida, na sessão “Mentoria no Feminino”. Para a consultora em HR e Organizational Agility a troca de conhecimentos proporcionada por sessões de mentoring podem ser “uma excelente ferramenta para mulheres em início de carreira”.
O mentoring serve para orientar a perspetiva das metodologias de trabalho e ajudar o mentee a ganhar novas competências, através de sessões de uma hora ou hora e meia. Atenção que existe uma diferença entre o mentoring e o coaching. Enquanto o primeiro é útil para partilhar experiência e conhecimento com o “aprendiz”, ajudando-o a perceber qual o seu caminho a trilhar, o coaching tem como objetivo ajudar a refletir sobre as ferramentas a utilizar num determinado processo.
Assim, esta pode ser uma estratégia de aprendizagem positiva e agregadora para mulheres que começam agora a construir a sua carreira. Até porque o sucesso não se faz sozinho.
O potencial feminino nos RH
Para além de discutir como os super poderes das mulheres podem ser úteis no mercado da inovação, foi importante conhecer casos reais de como o Agile pode ser útil nos RH. A perspetiva de Rita Cordeiro, também oradora nesta sessão e HR Manager da “Do it Lean”, é de que metodologias ágeis como o método Scrum tornaram esta empresa “colaborativa, simples e descomplicada”, com uma “forte orientação para a solução”. Esta aplicação Agile permitiu que o recrutamento se tornasse mais ágil e mais organizado.
Mais do que celebrar a figura feminina no Dia Internacional da Mulher, a Scopphu não se esquece de como esta partilha de experiências pode ajudar mulheres a melhorar o seu dia a dia e a perspetivar a sua carreira de uma outra forma. Acreditamos que o super poder das mulheres é serem o que elas quiserem!